tag:blogger.com,1999:blog-66098333546246646692024-02-19T07:43:38.533+00:00Abrigo de PensamentosSou tudo aquilo que escrevo.Não há melhor forma de me conhecer.Nas palavras encontrei todos os sentidos.Nos gestos descobri todas as emoções. No amor descobri a vida em mim.Tudo em mim é mar, calmo ou violento, quando olharem esse azul imenso de água pleno, relembrem as palavras que escrevi, esse é o segredo de estar aqui.Anamelhttp://www.blogger.com/profile/07646479212994838356noreply@blogger.comBlogger87125tag:blogger.com,1999:blog-6609833354624664669.post-79151472897957024202008-01-28T23:02:00.000+00:002008-01-28T23:04:35.053+00:00MUDANÇA DE ENDEREÇO!!<span style="font-family:georgia;">Por uma questão de conveniência de navegação na web mudei todos os conteudos neste blog para novo endereço. Mantenho este blog mas os novos posts encontra-los-ão apenas no novo blog:</span><br /><br /><div align="center"><strong><span style="font-size:130%;color:#ff0000;"><a href="http://abrigodepensamentos.blogs.sapo.pt/">http://abrigodepensamentos.blogs.sapo.pt/</a></span></strong></div>Anamelhttp://www.blogger.com/profile/07646479212994838356noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-6609833354624664669.post-58740034352601880972008-01-18T21:39:00.000+00:002008-12-09T09:36:40.576+00:00'Quem me dera' - Vinicius de Morais<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj0ImtSU8aNkHVf2RTwx9McyxtZURUUzYMmeXUtFCzZM2bYoHOlpVvRvb5wiQvhI1BbMtf8UB839WnNA7kKwEv0O47IL-xZQP6HC-UO9zktfOXm-Opvm5qdpqWbNMAWC_GRloz3bV8uNTw/s1600-h/35050_1144839093.jpg"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5156934735910532258" style="FLOAT: right; MARGIN: 0px 0px 10px 10px; CURSOR: hand" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj0ImtSU8aNkHVf2RTwx9McyxtZURUUzYMmeXUtFCzZM2bYoHOlpVvRvb5wiQvhI1BbMtf8UB839WnNA7kKwEv0O47IL-xZQP6HC-UO9zktfOXm-Opvm5qdpqWbNMAWC_GRloz3bV8uNTw/s320/35050_1144839093.jpg" border="0" /></a> Ai, quem me dera terminasse a espera<br />Retornasse o canto simples e sem fim<br />E ouvindo o canto se chorasse tanto<br />Que do mundo o pranto se estancasse enfim<br />Ai, quem me dera ver morrer a fera<br />Ver nascer o anjo, ver brotar a flor.<br />Ai, quem me dera uma manhã feliz.<br />Ai, quem me dera uma estação de amor<br />Ah, se as pessoas se tornassem boas<br />E cantassem loas e tivessem paz<br />E pelas ruas se abraçassem nuas<br />E duas a duas fossem ser casais<br />Ai, quem me dera ao som de madrigais<br />Ver todo mundo para sempre afim<br />E a liberdade nunca ser demais<br />E não haver mais solidão ruim<br />Ai, quem me dera ouvir o nunca-mais<br />Dizer que a vida vai ser sempre assim<br />E, finda a espera, ouvir na primavera<br />Alguém chamar por mim.<br /><br />Vinícius de MoraisAnamelhttp://www.blogger.com/profile/07646479212994838356noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6609833354624664669.post-63867658374668973162008-01-16T15:08:00.000+00:002008-12-09T09:36:40.742+00:00Praia do teu corpo<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgPDSCrhppGKOj5mGGeWEEgp7c7YsLs5h1fwcV21INgH3C2Y5l3y4HblItaknKEvrO87oQpjE_dZuPTSMtHU7o2_R8S7m1LkvUz5jW3uQQfciaLRIBsIwjYpk3kMtOmDpRDK_NaHRY2z9A/s1600-h/GreyLover.jpg"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5156093480666264546" style="FLOAT: right; MARGIN: 0px 0px 10px 10px; CURSOR: hand" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgPDSCrhppGKOj5mGGeWEEgp7c7YsLs5h1fwcV21INgH3C2Y5l3y4HblItaknKEvrO87oQpjE_dZuPTSMtHU7o2_R8S7m1LkvUz5jW3uQQfciaLRIBsIwjYpk3kMtOmDpRDK_NaHRY2z9A/s200/GreyLover.jpg" border="0" /></a>O andar descalço perdeu-se na praia do teu corpo<br />Os gestos desaguaram na foz do teu leito<br />Os lábios caminharam pelos recantos da tua pele<br />E a língua entranhou-se nos teus sabores<br /><br />Na doçura dos toques<br />Tornaram-se macias as mãos<br />Antes amargas porque solidão<br />E as folhas das árvores<br />Agitadas fizeram manto<br />Nas cortinas das janelas<br />E escondem já dos olhares<br />O que vai dentro das paredes<br /><br />Aqui se espalham pelo chão<br />Todas as ternuras amarrotadas<br />Aqui se inventam as fantasias<br />E por dentro dos olhares se sente alma no coração<br /><br />Os silêncios são já tesouros<br />As palavras já não restam<br />Porque as histórias são maravilhas<br />Que lentamente devoram o mundo.Anamelhttp://www.blogger.com/profile/07646479212994838356noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6609833354624664669.post-84556212918363076082008-01-15T14:17:00.000+00:002008-12-09T09:36:40.844+00:00Ficar aqui...<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhNKgG4ApoYXDVQ5tUEh5K90ifasoJtNcLUprDzfX3UsGFDITdDfsAwzeJs4J2A-kSsUUsoUEHtMKFgGvHRK4t-IvnO3ve8-1OJGjDiC5YSCuev4tYgCfr9qPB9d273_fKyz8VoQE6FqvQ/s1600-h/A+Lua.jpg"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5155708441143145330" style="FLOAT: right; MARGIN: 0px 0px 10px 10px; CURSOR: hand" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhNKgG4ApoYXDVQ5tUEh5K90ifasoJtNcLUprDzfX3UsGFDITdDfsAwzeJs4J2A-kSsUUsoUEHtMKFgGvHRK4t-IvnO3ve8-1OJGjDiC5YSCuev4tYgCfr9qPB9d273_fKyz8VoQE6FqvQ/s400/A+Lua.jpg" border="0" /></a>Ainda não sei que amor é este<br />Ainda não sentiram as palavras vontade de caminhar pelas linhas<br />Ainda não senti o coração nos pergaminhos da memória<br />Ainda não sonhei para além do que o meu olhar alcança<br />Ainda não sei.<br />Ainda.<br /><br />Sei que a seiva do teu amor me corre nas veias<br />Sei que vens, sei que partes a qualquer instante…<br />Sei que a tua nua voz se entranha em tudo o que profetiza<br />Sei.<br />Sei que os caminhos auguram todos os reencontros<br />Sei que os dias se perdem absortos dos anseios<br />Sei. Ainda sei. Talvez.<br /><br />E quero.<br />Quero as caminhadas, nem atrás, nem à frente, sim lado a lado<br />Quero chegar-te para mim, aninhar-me a ti<br />Quero indagar do teu olhar indelével no toque do meu rosto<br />Sim, quero.<br />Quero ser o atalho por onde regressas porque tens pressa de mim<br />Quero ser as páginas do teu livro<br />Quero que sejas o meu prefácio e o meu epílogo<br />Quero ficar e não mais partir<br />Quero pertencer aqui.Anamelhttp://www.blogger.com/profile/07646479212994838356noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6609833354624664669.post-58354657772103955032008-01-14T22:37:00.000+00:002008-01-14T22:39:47.499+00:00O Pequeno Príncipe - Antoine de Saint - Exupèry"Tu tornas-te eternamente responsável por aquilo que cativas. Tu és responsável pela rosa!"<br /><br />A história que nos torna eternas crianças..<br /><br /><object width="336" height="295"><param name="movie" value="http://pt.netlog.com/go/widget/videoID=87710"></param><param name="wmode" value="window"></param><param name="allowFullScreen" value="true"></param><embed src="http://pt.netlog.com/go/widget/videoID=87710" type="application/x-shockwave-flash" allowFullScreen="true" wmode="window" width="336" height="295"></embed></object>Anamelhttp://www.blogger.com/profile/07646479212994838356noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6609833354624664669.post-80359835230526207052007-12-17T21:26:00.000+00:002007-12-17T21:27:13.879+00:00Expressividade<object width="425" height="373"><param name="movie" value="http://www.youtube.com/v/hAeiVae73GI&rel=0&color1=0x006699&color2=0x54abd6&border=1"></param><param name="wmode" value="transparent"></param><embed src="http://www.youtube.com/v/hAeiVae73GI&rel=0&color1=0x006699&color2=0x54abd6&border=1" type="application/x-shockwave-flash" wmode="transparent" width="425" height="373"></embed></object>Anamelhttp://www.blogger.com/profile/07646479212994838356noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6609833354624664669.post-4660564015860682092007-12-03T14:05:00.000+00:002007-12-03T14:16:26.946+00:00'Viver não doi' - Carlos Drummond de AndradeNas minhas viagens pelo mundo virtual às vezes encontro algo que me faz sonhar...<br /><br /><object width="336" height="295"><param name="movie" value="http://pt.netlog.com/go/widget/videoID=249566"></param><param name="wmode" value="window"></param><param name="allowFullScreen" value="true"></param><embed src="http://pt.netlog.com/go/widget/videoID=249566" type="application/x-shockwave-flash" allowFullScreen="true" wmode="window" width="336" height="295"></embed></object><br /><br />Definitivo, como tudo o que é simples.<br />Nossa dor não advém das coisas vividas,<br />mas das coisas que foram sonhadas<br />e não se cumpriram.<br />Por que sofremos tanto por amor?<br /><br />O certo seria a gente não sofrer,<br />apenas agradecer por termos conhecido<br />uma pessoa tão bacana,<br />que gerou em nós um sentimento intenso<br />e que nos fez companhia por um tempo razoável,<br />um tempo feliz…<br /><br />Texto de Carlos Drummond de AndradeAnamelhttp://www.blogger.com/profile/07646479212994838356noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6609833354624664669.post-82493196484059027792007-11-09T11:41:00.000+00:002007-11-09T11:43:37.533+00:00Perto estão os dias em que o tempo custa a chegar...<div align="justify">Porto Covo<br />Agosto, 2007<br /><br />Anda, vem… fica aqui só um pouco comigo. Demora-te apenas o tempo em que me amas de verdade, intensamente, mais a cada dia e quando o deixares de sentir parte, fica perto de quem amares depois de mim. Só te quero amar assim, só quero que me ames assim…<br /><br />Deixei a serra e os caminhos sinuosos, agora vagueio ao sabor e ao cheiro das ondas do mar aqui tão perto. Permaneço onde quero ficar, os pés enterrados na areia, as ondas desejosas de desaguar mais perto dos corpos que descansam mesmo à beira da espuma que teima em regressar ao mar.<br />Espero por ti… só espero por ti…<br />Às vezes espero por ti, não todos os dias. Não. Porque isso seria desesperar o desejo de ter o teu corpo junto da minha pele a cada noite, a cada dia seguinte…<br />Por isso regresso ao mar todos os dias, sem esperas, sem desesperos, sem angústias, sei que está aqui, para o ver, para me ver, aqui tão perto, tão embrenhado na minha pele. Carrego o cheiro, embrulho-o nos lençóis à noite, transpiro-o nas paredes da casa dos meus regressos.<br />E depois as pessoas, pensamentos tão complicados, às vezes os sorrisos.<br />Os olhares anseiam livros inteiros de palavras, sentimentos, sonhos, amores… Gosto de ler nos olhares os silêncios das frases escondidas do mundo à volta.<br />Há palavras que se querem dizer, há frases que é preciso verbalizar. Há vontades, desejos que teimam permanecer em silêncio, subterfúgios inventados. Há caminhos, trilhos sinuosos que apenas se conseguem fazer, porque os silêncios contem todas as necessárias palavras.<br /><br />Mas é preciso contar todas as pequenas letras, as mais importantes, ainda que as acções digam tudo, há que exprimir, faz bem à alma, enche o coração de alegrias plenas, é importante dizer, é mais importante escutar, saber, saborear os desejos nos olhares, sentir no mais recôndito da nossa pele, parar, escutar, sentir… o tudo em nós.<br /><br />Escutar a tua voz, desenhar as palavras, desejar as vontades da pele, pintar os sentimentos nas frases… pensar em ti depois de adormecer e acordar contigo.<br /><br />‘I like the strong waves’ alguém disse olhando o mar num vislumbrar sobranceiro por cima das tendas e da confusão cada dia mais matinal.<br />Há um velho senhor que todas as manhãs paira por aqui, que com a sua boina preta faz lembrar quase um pintor do ‘quartier latin’ em Paris. Todos lhe querem tirar fotos indiscretas, um destes dias ou é capa de revista ou parte de um qualquer álbum de gentes, lugares e viagens no MySpace, HI5 ou um desses abrigos virtuais na Web. Acontece, ainda que sejam 5 minutos de fama numa vida que se ganha, que se perde.<br />Há momentos das nossas vidas que se avizinham partes de um acontecer destinado, que contra a nossa vontade ou desejo se concretizam na mais pura e magoada realidade.<br />Há momentos assim em que nem todas as bússolas do universo nos ajudariam a escolher o caminho mais feliz…<br /><br />Vislumbramos as estrelas e imploramos com a alma quase de joelhos que venha a nós uma luz que indique o caminho menos sinuoso em que a alegria se concretize sem contratempos nem traições.<br /><br />Anseios, desejos, pressas de acontecer momentos, viver amores, concretizar sonhos, acordar antes de adormecer porque os anos afinal passaram tão depressa, tão fugidios das alegrias que não encontramos pelo caminho desencontrado das nossas vontades, tanto que desejamos para nós…<br /><br />Perto estão os dias em que o tempo custa a chegar. As horas demoram-se, perdem-se nos caminhos e esperam-se mais tarde…ao entardecer.<br /><br />Os momentos que se despem, correm horas em escassos segundos. O tempo, a hora, o minuto, o segundo, o desejo do momento que és tu demora-se, perdura em tudo que anseia.<br /><br />Desenho as letras dos quadros que olho calmamente… Ergo sobranceiramente o instante claro, quase transparente do meu olhar despido de alma e os segredos revelam-se no tremer das entranhas de tudo o que vejo e sinto…ficaste depois de te afastares pelas estradas infinitas do desencontro.<br />Desci a rua lado a lado, quase o mar, o espanto do encanto, a ilha que se quer esconder.<br /><br />Não te soube dizer, evitei contar-te as palavras indiscretas, não te quis revelar os sonhos, as esperas do amanhã, descansei nas memórias as recordações do momento que se tornou tesouro no coração. Fiz os desejos imaginados nos dias em que acordei antes de adormecer, revelei no teu corpo os gestos da palavra escrita no pensamento feito anseio. E quis mais antes de partires…<br /><br />Regressei. Chamei os dias de antes para mais perto do presente. E parei. Quis ouvir de perto as memórias no horizonte. Segredei no olhar a alma, o coração, a pele sequiosa de amar.<br /><br />Sentei-me ali, na pedra milenar onde outros fizeram fortaleza contra o que pensavam ser o inimigo. Sentei-me aqui tão perto das memórias que em mim habitam, tão longe de qualquer outra vida.<br />Agucei os sentidos nos cheiros, nos sabores sem provar fosse o que fosse. Senti. Senti-me. Senti-te.<br />Cheguei ao promontório, parei. Avistei o homem solitário contemplando o mar, um banco que já teve tantas companhias, as solidões que por ali passaram. O que pensarão as vidas que por ali param? O mesmo que eu…?<br /><br />Abriguei-me naquele momento. Ali. Aqui. Tão perto o mar. tão perto senti, senti-te dentro de mim, por dentro de tudo o que vejo na imensidão.</div>Anamelhttp://www.blogger.com/profile/07646479212994838356noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-6609833354624664669.post-7463035317351281292007-06-26T13:12:00.000+00:002008-12-09T09:36:40.952+00:00Ornatus Violeta<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhN2Tj2e0teJWst3ngo5AGXYuAmCAl5hHjJJaxxzbBXWWmiAyvdo9yXYOF247Vmb27uSgG7Ct84XZymxm7kuuqAIWJ_II7bYpubz1jviViaPntRVZ6SSufUFai3e9pUF8xfwfHNxbH1Z0k/s1600-h/DarkMoon.jpg"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5080361807385669394" style="FLOAT: right; MARGIN: 0px 0px 10px 10px; CURSOR: hand" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhN2Tj2e0teJWst3ngo5AGXYuAmCAl5hHjJJaxxzbBXWWmiAyvdo9yXYOF247Vmb27uSgG7Ct84XZymxm7kuuqAIWJ_II7bYpubz1jviViaPntRVZ6SSufUFai3e9pUF8xfwfHNxbH1Z0k/s200/DarkMoon.jpg" border="0" /></a><br /><span style="font-size:130%;color:#3333ff;"><em><strong>Capitão Romance</strong></em></span><br /><strong><em><span style="font-size:130%;color:#3333ff;"></span></em></strong><br /><em>"Nao vou procurar quem espero<br />se o que eu quero é navegar<br />pelo tamanho das ondas,conto nao voltar<br />parto rumo à primavera<br />que em meu fundo se escondeu<br />esqueço tudo do que eu sou capaz<br />hoje o mar sou eu<br />esperam-me ondas que persistem<br />nunca param de bater<br />esperam-me homens que desistem, antes de morrer<br />por querer mais do que a vida<br />sou a sombra do que eu sou<br />e ao fim nao toquei em nada<br />do que em mim tocou<br />eu vi,mas nao agarrei<br />parto rumo à maravilha<br />rumo à dor que houver pra vir<br />se eu encontrar uma ilha<br />paro pra sentir<br />e dar sentido á viagem<br />pra sentir que eu sou capaz<br />se o meu peito diz coragem<br />volto a partir em paz" </em>Anamelhttp://www.blogger.com/profile/07646479212994838356noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-6609833354624664669.post-66621490774490594022007-06-25T22:43:00.003+00:002008-12-09T09:36:41.133+00:00O meu grande amigo Paulo...<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi3AxVy_9ZGFdg3c5KUjO8v6YmuzaV4w-bnoUPagXZtnsQhyLAB9On7OfWzXdmaSM2HX9lxT0bbistyLqBOOcF7mNjOYd6M5uY9Ely9sTfRqkBL3zTnb8ONRT5ag3mX9pbwAK2efpnU9TI/s1600-h/13696.jpg"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5080153737695014658" style="FLOAT: right; MARGIN: 0px 0px 10px 10px; CURSOR: hand" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi3AxVy_9ZGFdg3c5KUjO8v6YmuzaV4w-bnoUPagXZtnsQhyLAB9On7OfWzXdmaSM2HX9lxT0bbistyLqBOOcF7mNjOYd6M5uY9Ely9sTfRqkBL3zTnb8ONRT5ag3mX9pbwAK2efpnU9TI/s200/13696.jpg" border="0" /></a> " A ajuda vem sempre de uma mão, mas em 1º lugar de um pensamento, é a dor que nos faz crescer, tenta-se roubar-lhe o negativo e transformar-lo em positivo".<br /><br /><div><div align="justify"><span style="color:#3333ff;"><strong><em>"Oculto do Humanismo</em></strong></span><br /><br /></div><div align="justify"><em><span style="color:#000000;">Gostava de saber o que aqui escrevi.</span></em></div><div align="justify"><em>Não é sincero o que digo, agora.</em></div><div align="justify"><em>Mas conheço algo que me ajuda, atormenta, EU.</em></div><div align="justify"><em>As pessoas nunca estarão fartas de ler ou ouvir isto.</em></div><div align="justify"><em>Simplesmente nunca vão conseguir acreditar em quem as rodeia, nelas próprias.</em></div><div align="justify"><em>Só saberão aquilo que querem, quando já não o puderem alcançar,. </em></div><div align="justify"><em>E no fim não conseguem crer que existe alguém que pode ganhar com a ideia."</em></div><br /><div align="justify"><em></em></div><div align="justify"><em><span style="color:#3333ff;"></span></em></div><div align="justify"><em><span style="color:#3333ff;"><strong>"Só consigo erguer os outros</strong></span></em></div><br /><div align="justify"><em><span style="color:#000000;">Aquela palavra que vive no preto e branco</span></em></div><div align="justify"><em>que questiona o olhar!</em></div><div align="justify"><em>Momento, sorriso,</em></div><div align="justify"><em>inevitavelmente nunca poderá conhecer terra firme.</em></div><div align="justify"><em>Livremente, trémula responde-te ao apelamento.</em></div><div align="justify"><em>Acredito que dói mas tem que se guardar em segredo</em></div><div align="justify"><em>Mas por que passos luminosos caminhais vós senhora?</em></div><div align="justify"><em>Não vedes que na incerteza se sonha o amanhã, que com vontade acontece, senhora"</em></div><div align="justify"><em></em></div><br /><div align="justify"><em>Paulo Simões, 1993</em></div></div>Anamelhttp://www.blogger.com/profile/07646479212994838356noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6609833354624664669.post-84008083839197167602007-06-25T22:43:00.002+00:002008-12-09T09:36:41.252+00:00O Poema do meu aluno Pedro depois de ler um poema de Pessoa..<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh6Zdt6WBj2AQ5n4DhBH7UO4U0h1GjFwjqqO1rw7kqqIdR6fAADLeNqy7Yxkn1PyyrGOeYCZcjIP5pTmDRFh48oqsThCHE5brV4k6bjUnpirG_dKUs1jMRr9b4JZ8m27styYx0DUs6Bt2s/s1600-h/Floresta.jpg"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5080152238751428338" style="FLOAT: right; MARGIN: 0px 0px 10px 10px; CURSOR: hand" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh6Zdt6WBj2AQ5n4DhBH7UO4U0h1GjFwjqqO1rw7kqqIdR6fAADLeNqy7Yxkn1PyyrGOeYCZcjIP5pTmDRFh48oqsThCHE5brV4k6bjUnpirG_dKUs1jMRr9b4JZ8m27styYx0DUs6Bt2s/s200/Floresta.jpg" border="0" /></a>Era uma vez um amor<br /><div><div><div>pousado no ramo de uma árvore</div><div>onde costumava passar os dias</div><div></div><div>Sentia-se um amor normal</div><div>como todos os amores, honesto</div><div>sensível, carinhoso, atencioso</div><div>e muito meigo e amigo</div><div></div><br /><div>Esse amor cantava e sorria</div><div>por vezes também se sentia triste</div><div>e até chorava, mas tudo acabava</div><div>por ficar bem, e voltava a cantar </div><div>e a sorrir</div><div></div><br /><div>Num belo dia de Verão estava o amor</div><div>como todos os dias, pousado no seu</div><div>habitual ramo de árvore, quando outro amor</div><div>pousou no mesmo ramo, da mesma árvore</div><div>olharam-se, sorriram um para o outro, </div><div>e apaixonaram-se, sem que nada o fizesse</div><div>prever sairam os dois voando, voando muito alto</div><div>e para muito longe, em direcção ao sul,</div><div>onde o clima é propicio à paixão</div><div></div><div></div><br /><div>Desde esse dia, o amor nunca mais</div><div>pousou no ramo da árvore</div><div>O tempo passava e o ramo da árvore</div><div>continuava à espera do amor que durante </div><div>tanto tempo nela pousara.</div><div>Triste, e sem a companhia de que</div><div>tanto gostava, o ramo da árvore</div><div>começou a secar.</div><div></div><br /><div>Chegou o Inverno</div><div>e o amor sem voltar a pousar</div><div>no ramo da árvore.</div><div>O ramo estava seco de tanta tristeza</div><div>pois tinha-lhe oferecido a sua resistência</div><div>quando os ventos fortes no Inverno sopravam,</div><div>abrigo nas noites frias, sombra no Verão</div><div>escaldante e beleza na Primavera.</div><div>No entanto, o amor não aparecia, parecia esquecido.</div><div></div><br /><div>Um dia, já sem esperança, </div><div>com um olhar muito cansado,</div><div>Viu um ponto negro ao fundo</div><div>no céu azul, vindo do sul.</div><div>- Será o meu amor? perguntou o ramo</div><div>da árvore com o coração a bater cada vez </div><div>mais forte</div><div>Mas a tristeza assolou-o então, ao ver que</div><div>afinal era um mensageiro vindo do sul.</div><div></div><div></div><br /><div>O mensageiro pousou no ramo da árvore</div><div>e perguntou-lhe:</div><div>- Tu é que és o ramo da árvore?</div><div>- Sim! respondeu a tremer de emoção</div><div>- Trago-te uma mensagem do amor.</div><div>O coração do ramo da árvore estremeceu</div><div>e o mensageiro disse então:</div><div>- O amor que em ti pousava morreu,</div><div>mas deixou um último desejo.</div><br /><div>Que fiques forte, saudável e resistente</div><div>aos dias ventosos, que a folhagem</div><div>te cresça, para aqueceres no Inverno</div><div>e no Verão ofereceres a tua fresca</div><div>sombra, e na Primavera que sejas</div><div>o ramo de árvore mais bonito, se</div><div>assim o fizeres outro amor em ti</div><div>pousará e não mais se esquecerá </div><div>quando em direcção ao sul voar.</div><div></div><div></div><br /><div>O ramo da árvore</div><div>deixou cair uma lágrima, inspirou a brisa</div><div>e murmurou:</div><div>-Não se esqueceu.</div><div></div><br /><div>"Dedico este meu poema à minha querida e inesquecível professora de Inglês do 6º ano</div><br /><div></div><div>1/8/2000, Pedro"</div><div></div><br /><div>É bom ter quem nos recorda com carinho.</div><div></div><br /><div>Anamel </div></div></div>Anamelhttp://www.blogger.com/profile/07646479212994838356noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6609833354624664669.post-33310121133209620752007-06-25T22:43:00.001+00:002007-06-25T23:03:28.771+00:00Memórias de uma minha aluna, nos anos idos de 2000..<span style="font-family:georgia;">Aqui estou eu</span><br />que ideia me deu<br />mesmo sendo avó<br />eu queria estudar<br /><br />Adiante levei esse meu desejo<br />e hoje terminado<br />a quem me ensinou<br />eu digo obrigado<br /><br />Com a professora Rita<br />sempre sorrindo<br />e cara engraçada<br />matemática aprendi<br />e não custou nada<br /><br />Sorte lhe desejo<br />para o seu futuro<br />Mamã vai ser<br />terá para sempre<br />um amor puro<br /><br />Professora Helena<br />deu o português<br />eu até gostei<br />mas a tal história<br />a todos baralhou<br />coceira me deu<br />que sono me fez<br /><br />Mas com o seu esforço<br />mais um pouco aprendi<br />hoje estou mais rica<br />graças a si<br /><br />E não me esqueci<br />do inglês<br />professora Zélia<br />que esforço fez<br /><br />Bem me explicava<br />e exemplos me dava<br />mas na minha cabeça<br />pouco ou nada ficava<br /><br />E para não esquecer<br />a partir de agora<br />os meus colegas<br />vou enumerar<br /><br />O menino Pedro<br />aqui veio parar<br />vindo de outra escola<br />é um bom 'malandro'<br />mas é bom rapaz<br />e está sempre a brincar<br /><br />Pelo caminho<br />colegas ficaram<br />mas têm também<br />o meu carinho<br /><br />A menina Idália<br />muito concentrada<br />tinha certas vezes<br />não dizia nada<br />mas se se ria<br />ninguém a calava<br /><br />A menina Lucia<br />mui dela gostei<br />uma cara simpática<br />que eu adorei<br /><br />E a menina Fátima<br />os seus estudos<br />quer continuar<br />e atrás dela<br />me quer levar<br /><br />A menina Ana<br />quis ficar na frente<br />porque não via<br />pouco falava<br />mas algo aprendia<br /><br />E a Natalina<br />sempre se queixando<br />de que nada sabia<br />mas foi-se esforçando<br />e as boas notas<br />foi alcançando<br /><br />A D. Joaquina<br />Senhora,<br />duma certa idade<br />já depois de avó<br />assim como eu<br />pegou a sacola<br />regressou à escola<br />voltou a menina<br /><br />No meu coração<br />a todos guardei<br />e os bons momentos<br />hoje e sempre<br />recordarei.<br /><br />Fernanda, uma antiga aluna minha.Anamelhttp://www.blogger.com/profile/07646479212994838356noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6609833354624664669.post-58583656683350069492007-06-25T22:43:00.000+00:002007-06-25T22:51:17.554+00:00O poema do Xavier.. há muitos anos atrás..Num pomar<br />te pu-<br />de saber<br />Tronco nu<br />de mulher<br />P´la seiva<br />Te pude provar<br />Se que deseja<br /><br />Ninguém soube<br />eu sei<br />Quanto sob<br />a maciei-<br />ra fomos<br />Como eram<br />e souberam<br />Os teus pomos<br /><br />Nem sábios<br />Sabem os lábios<br />Desse (doce) gosto<br />Como das tuas<br />As duas<br />Maçãs do rosto<br />Sabem bem<br />Não sabe ninguém<br /><br />Nem saberão<br />como depois<br />sob a copa<br />em cópu-<br />la depois<br />Quão<br />uno outro<br />soube o teu corpo<br /><br />Quem sabe<br />onde cabe<br />tanto amor<br />quanto acho<br />no cacho<br />dos teus seios<br />tão cheios<br />de sabor.<br /><br />Évora, 14 de Novembro de 1993<br /><br />Do meu querido Xavier, nos tempos da Universidade de Évora, um verdadeiro artista.Anamelhttp://www.blogger.com/profile/07646479212994838356noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6609833354624664669.post-64726009659667790582007-05-19T14:22:00.004+00:002007-06-02T21:43:02.979+00:00Olhares sobre a serra / Regressos a casa<embed width="430" height="389" type="application/x-shockwave-flash" wmode="transparent" src="http://vid132.photobucket.com/remix/player.swf?videoURL=http%3A%2F%2Fvid132.photobucket.com%2Falbums%2Fq3%2Fzeliaargel%2FViagens%2Fbb23c6ee.pbr&hostname=stream132.photobucket.com"></embed>Anamelhttp://www.blogger.com/profile/07646479212994838356noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-6609833354624664669.post-19938274781991904742007-05-06T20:40:00.014+00:002007-05-06T20:54:56.173+00:00ViagemPor estrada, sinuosa,<br />visitei a memória,<br />contemplei o rio,<br />enamorei-me da serra,<br />que me ofereceu<br />a imagem serena<br />do verde abundante.<br />Escutei o silêncio<br />e já com saudade<br />foram outros os caminhos,<br />diferentes as paisagens,<br />que me conduziram<br />até ao mar,<br />meu berço<br />e meu mundo,<br />ausente dos dias,<br />constante nas emoções:<br />Ali estava, imenso,<br />quieto, inofensivo.<br />ondulante e belo.<br />Por momentos<br />ignorei a mulher,<br />ansiosa, triste<br />e fui a criança,<br />traquina, feliz,<br />que sonhava<br />morar numa concha,<br />adormecer<br />em cama de espuma,<br />vestida e bordada<br />de corais e mar,<br />instantes mágicos<br />que esta viagem<br />me fez recordar.<br /><br />Beja, 14/05/2002<br /><br />Autora: Mª Fernanda Argel (mãe)Anamelhttp://www.blogger.com/profile/07646479212994838356noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6609833354624664669.post-84829446006911897282007-05-06T20:40:00.013+00:002007-05-06T20:54:10.293+00:00As cores do AlentejoDispersam-se oliveiras<br />nas margens das searas;<br />giestas em flor<br />vestem os caminhos;<br />despontam girassóis<br />é verde a distância;<br />desabrocham rosas<br />abrem açucenas;<br />florescem cardos<br />colheita do pastor;<br />seca-se o poejo<br />guarda-se o aroma;<br />regressam rebanhos<br />agita-se a charneca;<br />flautas e chocalhos<br />quebram o silêncio;<br />só a planície<br />permanece triste<br />porque as papoilas,<br />com os malmequeres,<br />já não se encontram<br />nos verdes trigais.<br /><br />Beja, 2002<br /><br />Autora: Mª Fernanda Argel (mãe)Anamelhttp://www.blogger.com/profile/07646479212994838356noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6609833354624664669.post-36331185303353832672007-05-06T20:40:00.012+00:002007-05-06T20:53:29.903+00:00UniversoPertencem-me os jardins<br />quando os visito;<br />são minhas as flores<br />quando as contemplo;<br />são meus os caminhos<br />onde me sinto livre;<br />é meu o luar<br />quando protege as noites<br />e ameniza a solidão;<br />é meu o amanhecer<br />quando, em silêncio,<br />vejo o Sol nascer;<br />sou dona dos rios<br />quando estou só<br />nas suas margens;<br />desejo, também,<br />que sejam meus<br />os afectos e os amigos<br />para um dia escrever,<br />serenamente,<br />o último poema.<br /><br />Beja, 29/04/2002<br /><br />Autora: Mª Fernanda Argel (mãe)Anamelhttp://www.blogger.com/profile/07646479212994838356noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6609833354624664669.post-24028659438929160892007-05-06T20:40:00.011+00:002007-05-06T20:52:46.928+00:00As cores da memóriaGosto da chuva<br />quando,<br />suavemente,<br />vai regando a terra,<br />nos oferece o verde<br />salpicado<br />de flores e frutos,<br />nos lava o rosto,<br />escondendo a lágrima,<br />teimosa,<br />provocada<br />pela nostalgia<br />de outro tempo<br />guardado e contido<br />no calendário<br />de tantas memórias<br />em que eu,<br />de forma inocente,<br />desejava a tempestade<br />porque me ensinaram<br />a acreditar<br />que as nuvens partiam<br />mas no céu deixavam,<br />para sempre,<br />o meu Arco Íris.<br /><br />Beja, 11/1/2001<br /><br />Autora: Mª Fernanda Argel (mãe)Anamelhttp://www.blogger.com/profile/07646479212994838356noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6609833354624664669.post-56263094110343648502007-05-06T20:40:00.010+00:002007-05-06T20:51:54.408+00:00ContemplaçãoOfereço ao cansaço<br />a pausa merecida<br />e do meu espaço<br />observo a vida.<br /><br /><br />Aves diligentes<br />cruzam o azul<br />do céu infinito<br />e entre trinados<br />vão seguindo o Sol<br />para além dos montes.<br /><br />Regressam depois<br />sem pressa, felizes<br />e em harmonia<br />procuram,<br />na copa das árvores,<br />o tecto<br />que lhes guarde o sono.<br /><br />E deste silêncio,<br />de quietude e paz,<br />guardo a certeza<br />que viver é simples<br />quando a liberdade<br />nos deixa sonhar.<br /><br />Beja, 12/11/99<br /><br />Autora: Mª Fernanda Argel (mãe)Anamelhttp://www.blogger.com/profile/07646479212994838356noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6609833354624664669.post-16215334166769769252007-05-06T20:40:00.009+00:002007-05-06T20:50:45.794+00:00A lágrima e o orvalhoSe a lágrima fosse<br />como o orvalho<br />que a terra recebe<br />e a flor agradece,<br />o choro contido,<br />o soluço abafado<br />e o medo do pranto<br />seriam o grito<br />pela liberdade<br />de mostrar a dor<br />e o preconceito,<br />assim ignorado,<br />deixaria ver<br />como tantas vidas<br />são um desencanto.<br /><br />25/10/98<br /><br />Autora: Mª Fernanda Argel (mãe)Anamelhttp://www.blogger.com/profile/07646479212994838356noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6609833354624664669.post-38233139858666925332007-05-06T20:40:00.008+00:002007-05-06T20:50:08.645+00:00Tão longe o mar..Tão longe o mar<br />da minha infância<br />que me viu brincar,<br />crescer e saltar,<br />desfazer castelos<br />entre gargalhadas<br />e nas suas águas<br />mergulhar as tranças.<br /><br />Tão longe o mar<br />de ondas bravias<br />que se desfaziam<br />em beijos de espuma<br />na areia branca<br />onde divagava<br />e imaginava<br />um amanhã<br />pleno de alegrias.<br /><br />Tão longe o mar<br />de tantos segredos<br />e também dos meus<br />que ficaram seus<br />quando o alvoroço<br />do primeiro amor<br />me deixou sonhar<br />que podia amar,<br />feliz e sem medos.<br /><br />Meu mar imenso<br />como eu te lembro<br />ondulando os barcos<br />presos nas amarras<br />e depois da faina<br />regressando lestos,<br />devolvendo vidas<br />a quem esperava,<br />nas tardes amenas<br />de um outro Setembro.<br /><br />Beja, 25/9/98<br /><br />Autora: Mª Fernanda Argel (mãe)Anamelhttp://www.blogger.com/profile/07646479212994838356noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6609833354624664669.post-51956981817212377132007-05-06T20:40:00.007+00:002007-05-06T20:48:52.087+00:00MemóriaContemplo o mar<br />na hora tardia<br />deste meu Outono.<br />E absorta,<br />nostálgica,<br />volto a ser menina.<br />Deixo-me afagar<br />pela maresia<br />enfeito os cabelos<br />com laços de espuma<br />invento jardins<br />feitos de sargaço<br />ponho nos canteiros<br />murmúrios de esperança<br />e quase acredito<br />que sou Primavera.<br /><br />Beja, 8/3/98<br /><br />Autora: Mª Fernanda Argel (mãe)Anamelhttp://www.blogger.com/profile/07646479212994838356noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6609833354624664669.post-23392727639657969832007-05-06T20:40:00.006+00:002007-05-06T20:48:08.478+00:00NostalgiaNa tarde serena,<br />vestida de sol,<br />aromas e brisa<br />enchem o espaço<br />dos caminhos tristes.<br />Vão beijando os montes,<br />despidos de vida,<br />procuram rebanhos,<br />pastores e flautas,<br />espigas tombando<br />em árdua cadência,<br />planícies cheias<br />de cantos sentidos,<br />nascidos da alma<br />saudando o sol pôr.<br />E o silêncio é tanto<br />que o aroma chora<br />e a brisa deseja<br />para este Alentejo<br />feito de saudade<br />e também de pranto,<br />a esperança viva<br />do seu renascer<br />como sempre foi,<br />pleno de encanto.<br /><br />1995<br /><br />Autora: Mª Fernanda Argel (mãe)Anamelhttp://www.blogger.com/profile/07646479212994838356noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6609833354624664669.post-14812822027790129242007-05-06T20:40:00.005+00:002007-05-06T20:47:24.261+00:00Ser criançaSer criança<br />É não contar o tempo<br />Que há para viver<br /><br />É sorrir com lágrimas<br />Pedindo ternura<br />Em troca de beijos<br /><br />É poder brincar<br />Em jardins bonitos<br />Sem poluição<br /><br />É não querer as guerras<br />Que espalham o medo<br />E matam os sonhos<br /><br />É poder crescer<br />Sereno e feliz<br />Num mundo diferente<br /><br />É guardar para sempre<br />Da infância breve<br />Imagens tão belas<br />Como o sol nascente.<br /><br />Beja, 1/6/94<br /><br />Autora: Mª Fernanda Argel (mãe)Anamelhttp://www.blogger.com/profile/07646479212994838356noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-6609833354624664669.post-9445134887947423872007-05-06T20:40:00.004+00:002007-05-06T20:46:25.994+00:00InterrogaçãoO amor sem respeito, admiração e tolerância, é melodia incompleta.<br /><br />Maria Fernanda<br /><br />De mãos enlaçadas,<br />num dia distante,<br />fizemos projectos.<br />A tarde caía<br />e nós, indiferentes,<br />trocámos afectos.<br />Depois caminhámos,<br />em silêncio cúmplice<br />sorrindo, enlevados.<br />Dissemos adeus,<br />por breves momentos<br />tão encantados!<br />Finalmente o dia<br />de todos os sonhos.<br />E o tempo passou,<br />veloz e amargo,<br />deixando a pergunta:<br />Porque não estamos<br />mais enamorados?<br /><br />Beja, 14/2/96<br /><br />Autora: Mª Fernanda Argel (mãe)Anamelhttp://www.blogger.com/profile/07646479212994838356noreply@blogger.com0