Na tarde serena,
vestida de sol,
aromas e brisa
enchem o espaço
dos caminhos tristes.
Vão beijando os montes,
despidos de vida,
procuram rebanhos,
pastores e flautas,
espigas tombando
em árdua cadência,
planícies cheias
de cantos sentidos,
nascidos da alma
saudando o sol pôr.
E o silêncio é tanto
que o aroma chora
e a brisa deseja
para este Alentejo
feito de saudade
e também de pranto,
a esperança viva
do seu renascer
como sempre foi,
pleno de encanto.
1995
Autora: Mª Fernanda Argel (mãe)
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