Tão longe o mar
da minha infância
que me viu brincar,
crescer e saltar,
desfazer castelos
entre gargalhadas
e nas suas águas
mergulhar as tranças.
Tão longe o mar
de ondas bravias
que se desfaziam
em beijos de espuma
na areia branca
onde divagava
e imaginava
um amanhã
pleno de alegrias.
Tão longe o mar
de tantos segredos
e também dos meus
que ficaram seus
quando o alvoroço
do primeiro amor
me deixou sonhar
que podia amar,
feliz e sem medos.
Meu mar imenso
como eu te lembro
ondulando os barcos
presos nas amarras
e depois da faina
regressando lestos,
devolvendo vidas
a quem esperava,
nas tardes amenas
de um outro Setembro.
Beja, 25/9/98
Autora: Mª Fernanda Argel (mãe)
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