O andar descalço perdeu-se na praia do teu corpo
Os gestos desaguaram na foz do teu leito
Os lábios caminharam pelos recantos da tua pele
E a língua entranhou-se nos teus sabores
Na doçura dos toques
Tornaram-se macias as mãos
Antes amargas porque solidão
E as folhas das árvores
Agitadas fizeram manto
Nas cortinas das janelas
E escondem já dos olhares
O que vai dentro das paredes
Aqui se espalham pelo chão
Todas as ternuras amarrotadas
Aqui se inventam as fantasias
E por dentro dos olhares se sente alma no coração
Os silêncios são já tesouros
As palavras já não restam
Porque as histórias são maravilhas
Que lentamente devoram o mundo.
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