domingo, 28 de janeiro de 2007

Secrets

Tenho feito amor de todas as maneiras
Docemente
Lentamente
Desesperadamente
À tua procura, sempre à tua procura
Até me dar conta que estás em mim
que é em mim que devo procurar-te
E tu apenas existes porque eu existo
E eu não estou só contigo
Mas é contigo que eu quero ficar só
Porque é a ti que eu Amo.
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"Amada, dava amor(...) É uma coisa que está ali, que sentes, que acontece em todo o teu ser e dentro de ti e deixa de haver distinção entre ti e a pessoa com quem fazes amor, não tens que chegar até ele, ajuda-lo, ensina-lo, não tens que mentir, espiar ou matar e, portanto, que mal há?(...)O lugar onde falava era a cama, com o seu belo corpo, e as sensações que me deu não eram nem fantasias nem gabarolices. E os outros, na praia, não têm lar - não por falta de jeito, por qualquer impulso que os leve a quebrar aquilo que há de mais precioso no mundo, mas porque são corajosos e acreditam noutras formas de amor, na justiça, nos homens seus semelhantes - e os dois, um dentro d outro, fazer amor é a unica maneira que temos de criar aqui um lugar que não seja apenas de passagem.A mão que se aperta é o unico amor que se faz carne. Aprender isso. Ler a mão que se aperta e aprender essa especie de amor......dei à luz, coisas que me fizeram; mas contigo faço eu propria as coisas, habito todo o meu corpo, estou toda onde me tocas, com a minha lingua na tua orelha, no interior das tuas áxilas, nas tuas nádegas macias."
Nadine Gordimer in 'Um capricho da natureza'

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